domingo, 22 de dezembro de 2013

China pousa sonda na Lua

"CHANG'E-3"

China pousa sonda na Lua

por Lusa, editado por Ricardo Simões Ferreira14 dezembro 201318 comentários
O momento do lançamento da sonda chinesa, através de um foguetão Longa Marcha-3B
O momento do lançamento da sonda chinesa, através de um foguetão Longa Marcha-3BFotografia © Reuters
A China conseguiu fazer pousar hoje uma sonda espacial na Lua, pela primeira vez, numa proeza só realizada até agora pela Rússia e pelos Estados Unidos.

A alunagem da sonda "Chang'e-3", transmitida em direto pela televisão chinesa, ocorreu cerca das 21:12 (13:12 em Lisboa).
A sonda, lançada no passado dia 02, transporta um veículo robotizado, o "Yutu" (Coelho de Jade), que irá proceder a diversas investigações científicas.
Esta é a primeira aterragem na superfície lunar de uma sonda criada pelo homem em 30 anos. A anterior foi a missão soviética Luna 24, em agosto de 1976.


Dois astronautas vão sair da Estação Espacial Internacional no sábado

Publicado em 21.12.2013  Jornal de Notícias

 
 
foto NASA/REUTERS
Dois astronautas vão sair da Estação Espacial Internacional no sábado
Astronautas preparam o fato com que vão sair da Estação Espacial Internacional
 

Os astronautas norte-americanos Rick Mastracchio e Mike Hopkins vão realizar no sábado a primeira de três saídas da Estação Espacial Internacional, para trabalhos de reparação de um sistema de refrigeração.
A operação começará às 12.10 horas e durará cerca de seis horas e meia. As outras duas saídas, programadas para 23 e 25 de dezembro, terão o mesmo horário e a mesma duração.
Na primeira saída, o astronauta japonês Koichi Wakata será responsável por manejar o braço robótico da Estação Espacial Internacional que transportará os outros dois astronautas até ao local da reparação.
Uma das válvulas de uma das bombas do sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional começou a ter problemas no dia 11, mas as tentativas de os resolver a partir da Terra não foram bem sucedidas.
Nesse sentido, os chefes da missão resolveram enviar a equipa de astronautas para substituir o módulo de amoníaco, do tamanho de um refrigerador doméstico e com um peso de 350 quilos.
A refrigeração é crucial para as operações da Estação Espacial Internacional, que foi lançada em 1998 e está em órbita a 385 quilómetros de distância da Terra, contando com a participação de 15 países.

22.12.2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013



Estação Espacial Internacional anda há 15 anos às voltas à Terra

O primeiro módulo do maior programa espacial de cooperação internacional foi lançado há uma década de meia.
Estação Espacial Internacional: 400 toneladas a orbitar a Terra a 27.700 quilómetros por hora NASA




Celebra-se esta quarta-feira o aniversário do lançamento da Estação Espacial Internacional, ou melhor, do seu primeiro módulo – Zaria – um bloco funcional russo. Módulo a módulo, em mais de 40 missões já realizadas, tem-se construído a estação espacial ao longo dos últimos 15 anos, porque não havia foguetão com potência suficiente para lançar no espaço um objecto com 400 toneladas e tão grande como um campo de futebol.
A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é o maior programa de cooperação internacional para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, e conta com a participação de cinco agências espaciais: a europeia (ESA), a canadiana (CSA), a norte-americana (NASA), a japonesa (JAXA) e a russa (Roscosmos).
O módulo russo foi utilizado como fonte de energia e armazenamento nas fases iniciais da montagem da ISS. O nome russo atribuído, Zaria, significa amanhecer, como um bom presságio para uma nova era da cooperação espacial que conta com a colaboração de 14 países, dez dos quais pertencem à ESA (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Noruega, Suécia e Suíça).
Habitada em permanência por seis astronautas, a ISS dá 16 voltas à Terra em cada dia, a uma velocidade de 27.700 quilómetros por hora. Tem como objectivo estudar a Terra e o seu clima, o Sol e as suas características, as partículas e as radiações do Universo, além de permitir muitas outras experiências em ambiente de microgravidade, enquanto anda em redor do planeta a uma altura de 320 quilómetros.
A ISS foi crescendo à medida que os módulos foram sendo acrescentados, como o laboratório Columbus, em 2008 – a maior contribuição da ESA. Neste laboratório, é possível fazer cultura de tecidos vivos, estudar o comportamento de líquidos na ausência de gravidade, verificar os efeitos da microgravidade no corpo humano ou analisar as propriedades dos metais. Para 2015 está previsto o lançamento de um módulo laboratorial multidisciplinar com um braço robótico acoplado, pela Roscosmos.
Ainda da responsabilidade da ESA é, desde 2008, o abastecimento da estação espacial com alimentos, água, ar, combustível ou outros materiais, assim como, a recolha de todos os desperdícios produzidos. Estes cargueiros espaciais carregam oito toneladas de mantimentos e, depois de seis meses acoplados à ISS, regressam à Terra com mais de seis toneladas de lixo. Ardem assim que entram na atmosfera terrestre.
O custo previsto para a ISS, desde o início da sua concepção até ao fim dos seus dias, previstos para 2028, é de 100.000 milhões de euros, 8000 milhões dos quais serão suportados pelos dez países da ESA envolvidos no projecto. Contas feitas, no final deste programa a ESA terá gasto o equivalente a um euro ao ano por cada cidadão europeu.
Para festejar o aniversário da Estação Espacial Internacional ninguém precisa de gastar um euro sequer, mas de contribuir no Twitter (usando a “hashtag” #ISS15) ou no Google+ com fotografias, ideias ou histórias.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Rotação da Lua

A partir de imagens feitas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), a NASA fez este vídeo com a Rotação da Lua.








quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Nobel da Química de 2013 para modelização por computador de reacções químicas

Os laureados deste ano conseguiram “aproveitar o melhor de dois mundos”, combinando física clássica e quântica para simular de forma realista as mais complexas interacções moleculares.
Os laureados com o Nobel da Química de 2013 JONATHAN NACKSTRAND/AFP
O Prémio Nobel da Química de 2013 foi para Martin Karplus (Universidade de Estrasburgo, França, e Universidade de Harvard, EUA), Michael Levitt (Universidade de Stanford, EUA) e Arieh Warshel (Universidade da Califórnia do Sul, EUA), “pelo desenvolvimento de modelos multiescala para sistemas químicos complexos", anunciou ontem em Estocolmo a Real Academia Sueca das Ciências.
Martin Karplus, austríaco e norte-americano, nasceu em 1930 e é bioquímico; Michael Levitt, britânico e norte-americano, é biofísico e nasceu na África do Sul em 1947; Arieh Warshel, israelita e norte-americano, é químico e bioquímico e nasceu em 1940.
Hoje em dia, a simulação das mais complexas reacções químicas no computador é prática corrente. Mas isso não foi sempre assim. De facto, os três laureados “construíram as bases dos potentes programas [informáticos] que são [hoje] utilizados para perceber e prever os processos químicos”, salienta a mesma entidade em comunicado. Como, por exemplo, a acção de um potencial medicamento sobre o seu alvo no corpo, que permite hoje desenhar moléculas com propriedades terapêuticas antes de as testar experimentalmente.
No passado, os químicos construíam modelos das moléculas que estudavam com bolas a representar os átomos e arames para as ligações entre átomos (basta lembrar-se do famoso modelo tridimensional da molécula de ADN, construída nos anos 1950, à maneira de um “mecano”, por Francis Crick e James Watson no seu laboratório de Cambridge…).  E quando se tratava de simular moléculas no computador, os software disponíveis faziam-no conforme as leis da física clássica ou as da física quântica (a física do mundo dos átomos) - mas não as de ambas ao mesmo tempo, explica ainda a academia sueca.
Por um lado, os programas informáticos clássicos permitiam calcular e processar grandes moléculas químicas, mas só as mostravam no seu estado de “repouso”, o que excluía à partida a simulação de reacções químicas, que são fenómenos dinâmicos que demoram uma fracção de milissegundo e onde a configuração das moléculas se altera radicalmente. Já quando se tratava de simular reacções químicas, era a física quântica a entrar em cena – mas aí, a potência de cálculo necessária era tal que só era possível fazer estas simulações em moléculas pequenas, o que excluía, logo à partida, as grandes moléculas biológicas que são as proteínas. Os trabalhos dos laureados deste ano permitiram aproveitar “o melhor de dois mundos”, com “Newton e a sua maçã a colaborarem com Schrödinger e o seu gato”, lê-se ainda no comunicado da academia.
Em 1970, Warshel desembarcou no laboratório de Karplus, vindo do Instituto Weizmann em Israel. No potente computador do seu instituto de origem, Warshel, juntamente com Levitt, tinha criado um programa capaz de simular moléculas – qualquer molécula, ate às maiores – conforme as leis da física clássica. Por seu lado, Karplus e a sua equipa eram especialistas do desenvolvimento desoftware capaz de simular reacções químicas com base na física quântica.
Karplus e Warshel desenharam então um novo tipo de programa, no qual a física quântica era utilizada quando se tratava de simular o comportamento de certas porções das moléculas, enquanto a física clássica tomava conta do resto. Para dar um exemplo actual, nas simulações da forma como um novo medicamento se liga à sua proteína-alvo no nosso organismo, o computador executaria cálculos quânticos apenas nos átomos da proteína-alvo que interagem directamente com o medicamento, fornecendo a resolução máxima nessa localização.
Dois anos mais tarde, Warshel e Levitt juntaram-se novamente. Levitt interessava-se pelas moléculas biológicas – sobretudo pelas enzimas, essenciais à química dos organismos vivos – e os dois cientistas decidiram simular reacções enzimáticas. Em 1976, publicaram o primeiro modelo por computador deste tipo de reacção química. “O seu programa era revolucionário porque podia ser utilizado com qualquer tipo de molécula. O tamanho deixava de ser um obstáculo”, escreve a academia.
"A força dos métodos desenvolvidos por Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel reside no seu carácter universal. Podem ser usados para estudar todo o tipo de química, das moléculas da vida aos processos químicos industriais." Um dos sonhos assumidos de Levitt é simular a totalidade de um organismo vivo ao nível molecular. E segundo a academia, "só o futuro pode decidir" se as poderosas ferramentas desenvolvidas pelos laureados irão um dia permitir concretizar esse sonho.

sábado, 22 de junho de 2013

Haverá uma Superlua este fim-de-semana

Lua atingirá ponto mais próximo da Terra no sábado

2013-06-21
Lua estará a 356.991 quilómetros da Terra
Lua estará a 356.991 quilómetros da Terra
Na noite de sábado para domingo, estará visível uma superlua – um dos principais acontecimentos astronómicos do ano –, ou seja, o momento em que a lua atingirá um ponto mais próximo da Terra e se tornará muito maior aos olhos dos observadores. A ocorrência deverá repetir-se a 10 de Agosto de 2014.

O satélite natural estará 30 por cento maior que o normal e 14 por cento mais brilhante e apenas a 356.991 quilómetros da Terra. Segundo os astrónomos, na página EarthSky, a data marcará o ápice da Lua cheia do mês de Junho.

O termo popular “Superlua” foi cunhado na década de 70 pelo astrónomo Richard Nole. Cientificamente conhecido como “perigeu lunar” – o momento em que a Lua chega ao perigeu da sua órbita elíptica em torno do nosso planeta, o que reduz a distância entre os corpos. O oposto, no qual o satélite está mais afastado do planeta, é o seu apogeu. De acordo com o EarthSky, a Lua deve se aproximar cada vez mais da Terra nos próximos anos.

No ano seguinte, mais precisamente no dia 28 de Setembro de 2015, a Lua irá aproximará-se a uma distância de 356.877 quilómetros. Depois disso, em 14 de Novembro de 2016, o satélite e a Terra separados por apenas 356.509 quilómetros.