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Bosão de Higgs
Nova partícula encontrada é consistente com o bosão de Higgs
CERN está a um passo de saber mais sobre origem do universo
2012-07-04
Por Marlene Moura (texto)
A Organização Europeia para a Investigação Nuclear(CERN) anunciou hoje a descoberta de uma nova partícula, com uma região de massa 125-126 Giga electrões-volts (GeV) (30 vezes a massa de um protão) e refere mesmo que “é consistente com o tão procurado bosão de Higgs”, conhecido como a “partícula de Deus”. Os resultados preliminares sobre as experiências ATLAS e CMS do grande colisador de hadrões (LHC), baseada em dados recolhidos durante este último ano, foram apresentados esta manhã durante a Conferência Internacional de Física de Altas Energias (ICHEP 2012) que decorreu em Melbourne (Austrália).
“A partir de hoje não vai haver grandes dúvidas sobre se encontrámos alguma coisa e que pode ser o bosão que estávamos à procura. Se for, óptimo, mas se não for talvez seja ainda mais engraçado, porque pode ser alguma coisa completamente nova”, avançou Ricardo Gonçalo, investigador português no CERN .
Este sentimento que parece consensual entre os físicos da organização, que acreditam que uma grande descoberta pode levar a mais questões. Aliás, Rolf Heuer, director-geral do CERN, disse esta manhã:“Atingimos um marco histórico na compreensão da natureza. A descoberta de uma partícula compatível com o bosão de Higgs abre caminho a estudos mais detalhados, exigindo mais estatística, que confirmará as propriedades da nova partícula, e provavelmente lançará luz sobre outros mistérios do universo”.
Esta descoberta é fundamental para percebermos por que existe matéria tal como a conhecemos. O Bóson de Higgs é a única das 32 partículas fundamentais do universo (protões, neutrões e electrões, entre outras) previstas pelo Modelo Padrão da Física. As experiências CMS e Atlas, duas das principais do maior acelerador de partículas do mundo, que opera na fronteira franco-suíça, que se têm dedicado essencialmente a tentar encontrá-lo.
André David, investigador do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP) ligado à experiência CMS do CERN, explicou ao jornal «Ciência Hoje» que “a probabilidade apresentada hoje é o sinal da partícula subatómica a um nível de 5 sigma, com uma região de massa 125-126 GeV, ou seja, o equivalente a 30 vezes a massa do protão”.
Esta descoberta é fundamental para percebermos por que existe matéria tal como a conhecemos. O Bóson de Higgs é a única das 32 partículas fundamentais do universo (protões, neutrões e electrões, entre outras) previstas pelo Modelo Padrão da Física. As experiências CMS e Atlas, duas das principais do maior acelerador de partículas do mundo, que opera na fronteira franco-suíça, que se têm dedicado essencialmente a tentar encontrá-lo.
André David, investigador do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP) ligado à experiência CMS do CERN, explicou ao jornal «Ciência Hoje» que “a probabilidade apresentada hoje é o sinal da partícula subatómica a um nível de 5 sigma, com uma região de massa 125-126 GeV, ou seja, o equivalente a 30 vezes a massa do protão”.
Aprofundar conhecimentos
Esta descoberta é fundamental “para aprofundar o conhecimento da estrutura do universo e perceber o que a matéria negra, a energia negra”, mas sublinha que “ainda falta confirmar se se trata de facto do bosão de Higgs ou de ‘um bosão de Higgs’”, concluiu André David.
Cientista na experiência Atlas, Fabiola Gianotti, assinalou que “foram encontrados sinais claros da existência de uma nova partícula, mas a observação necessita de um pouco mais para que os resultados sejam publicados”.
A existência da partícula da Deus é baseada numa teoria defendida, nos anos 60, pelo físico britânico Peter Higgs, que assenta no modelo padrão da Física de Partículas. A sua descoberta ou negação poderia vir a refutar ou confirmar a existência do modelo padrão. Higgs, já com 83 anos, esteve presente aquando da comunicação e mostrou-se emocionado.
No entanto, os investigadores do CERN ressalvaram que “isto é apenas o início e ainda há muito trabalho a ser feito”, já que apenas um terço das colisões de 2012 foram analisadas. Recorde-se que, actualmente, existem mais de 140 físicos portugueses a trabalhar directa ou indirectamente em projectos do CERN e o LIP mantém estreita relação científica com esta organização internacional.
Cientista na experiência Atlas, Fabiola Gianotti, assinalou que “foram encontrados sinais claros da existência de uma nova partícula, mas a observação necessita de um pouco mais para que os resultados sejam publicados”.
A existência da partícula da Deus é baseada numa teoria defendida, nos anos 60, pelo físico britânico Peter Higgs, que assenta no modelo padrão da Física de Partículas. A sua descoberta ou negação poderia vir a refutar ou confirmar a existência do modelo padrão. Higgs, já com 83 anos, esteve presente aquando da comunicação e mostrou-se emocionado.
No entanto, os investigadores do CERN ressalvaram que “isto é apenas o início e ainda há muito trabalho a ser feito”, já que apenas um terço das colisões de 2012 foram analisadas. Recorde-se que, actualmente, existem mais de 140 físicos portugueses a trabalhar directa ou indirectamente em projectos do CERN e o LIP mantém estreita relação científica com esta organização internacional.
Cern avisa que tem nova descoberta consistente sobre a “Partícula de Deus”
UMinho tem sessão gratuita e videoconferência com diretor-geral
2012-07-02
Apesar de ainda não ser desta vez que a descoberta oficial sobre o Bosão de Higgs será anunciada, os cientistas do Cern (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) afirmam ter novas revelações sobre a tão procurada 'partícula de Deus, que serão anunciadas depois de amanhã. A Universidade do Minho, em Braga, irá dedicar o dia ao assunto e para o efeito haverá memso uma videoconferência com diretor-geral do CERN.
O teórico John Ellis, físico envolvido nos estudos, disse: "Descobrimos algo que é consistente como sendo um Higgs". Segundo o director de Pesquisa e Computação do CERN, Sérgio Bertolucci, “os dados recolhidos deverão permitir ver se as tendências observadas em 2011 se confirmam ou desaparecem. São momentos bastante excitantes os que vivemos agora”.
O “modelo padrão” dá uma visão extraordinariamente precisa da matéria que constitui o Universo visível e as forças que governam o seu comportamento, mas existem boas razões para acreditar que esta poderá não ser a história toda. Por exemplo, a partir das observações efectuadas, sabe-se que o universo visível corresponde a apenas quatro por cento de todo o que parece existir.
A iniciativa, que decorrerá depois de amanhã, terá início com a videoconferência do Seminário Científico do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) e a conferência de imprensa do director-geral do CERN, Rolf Heuer. Segue-se a palestra “Portugal e o LHC”, por Gaspar Barreira, director do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), membro do Conselho do CERN e do “LHC Resource Review Board”. As sessões têm entrada livre.
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