terça-feira, 26 de junho de 2012

Alfredo Marceneiro - A Casa da Mariquinhas







Trânsito de Vénus

Morte de "Solitário George" dita extinção de subespécie

 
A tartaruga "Solitário George", o último exemplar de uma subespécie de tartarugas gigantes das ilhas Galápagos, Equador, e que se estimava ter cem anos, foi encontrada hoje morta, de acordo com o Parque Nacional das Galápagos.

"Solitário George" era um animal famoso, mas não pelas melhores razões, uma vez que era o único sobrevivente da subespécie de tartarugas gigantes "Chelonoidis Abingdoni", da ilha Pinta, Galápagos.
A tartaruga, que tem uma biografia completa na Wikipedia, foi resgatada em 1972 por um grupo de caçadores e passou a fazer parte de um programa de criação em cativeiro daquele parque nacional do Equador.
Ainda foi tentada a reprodução com outras subespécies, mas os resultados foram infrutíferos.
A morte de "Solitário George" é de causa desconhecida, e estima-se que a tartaruga tinha pelo menos cem anos. Agora extingue-se por completo uma subespécie animal.
O arquipélago das Ilhas Galápagos foi declarado Património Nacional da Humanidade pela UNESCO pela riqueza da flor e fauna locais.
25 de Junho de 2012

Meteorito que matou dinossauros deu cor vermelha ao tomate

Genoma do antepassado do tomateiro triplicou de tamanho depois do embate
2012-06-22
 
Há 65 milhões de anos um meteorito gigante chocou com Terra provocando a extinção dos dinossauros e de mais de 70 por cento das espécies que existiam. Uma equipa de cientistas holandeses acredita que foi esse meteorito o responsável por definir as características actuais do tomate, como a cor.


 A ideia surgiu da análise genética levada a cabo para a sequenciação do genoma do tomate, que foi publicada na «Nature» no passado dia 30 de Maio. O mapa genético indica que o genoma original do antepassado do tomateiro era muito mais pequeno que o actual. Este triplicou de tamanho, de forma súbita há, precisamente, 65 milhões de anos.
“Uma expansão tão grande do genoma aponta directamente para condições extremamente stressantes. Suspeitamos que o impacto e a posterior redução da luz solar (por causa do pó) tornou muito difíceis as condições de vida das plantas”, explica René Klein Lankhorst, que coordenou os trabalhos de sequenciação do genoma, na Universidade de Wageningen. O longínquo antepassado do actual tomateiro reagiu para aumentar as suas possibilidades de sobrevivência, expandindo o seu genoma.

Muitos anos mais tarde, quando as condições melhoraram, este antepassado, que tinha já uma grande quantidade de “rasto” genético, utilizou-o para lançar as bases genéticas que iriam melhorar o seu fruto.

Os tomates adquiriram assim a sua característica de coloração vermelha. O tomateiro começou a diferenciar-se de outro membro da mesma família, planta da batata, que não dá frutos comestíveis.
 

30 anos de medições da hidratação do solo para estudar alterações climáticas

Água retida pelo solo desempenha papel importante no sistema climático
2012-06-25

A água retida pelo solo desempenha um papel importante no sistema climático. Os dados libertados pela Agência Espacial Europeia (ESA) englobam o primeiro conjunto de detecção remota da hidratação dos solos, num período que vai de 1978 a 2010 – antecedendo a informação fornecida actualmente pela missão SMOS da ESA.

Dados de hidratação do solo desde 1978 (Imagem: Planetary Visions Ltd) <br> (Clique para ampliar)
Dados de hidratação do solo desde 1978 (Imagem: Planetary Visions Ltd)

Os dados são agora disponibilizados à comunidade científica para a análise e validação de modelos climáticos. A quantidade total de água retida no solo perfaz cerca de 0.001 por cento da quantidade de água encontrada na Terra, que é crucial para o crescimento das plantas, mas também está ligada ao tempo e ao clima. Isto é porque a hidratação do solo é uma variável essencial nas trocas de água e energia entre a terra e a atmosfera: os solos secos emitem pouca ou nenhuma água para a atmosfera.

Energia e água no equilíbrio do sistema climatérico <br> (Imagem: ESA - AOES Medialab)
Energia e água no equilíbrio do sistema climatérico
(Imagem: ESA - AOES Medialab)
Detectada recentemente, a tendência para a diminuição nas taxas globais de evaporação, por exemplo, podem ser explicadas directamente pela fraca contribuição da hidratação dos solos, embora ainda não esteja bem compreendida a sua relação com o sistema climático. E até agora não têm estado disponíveis observações a longo prazo da hidratação dos solos terrestres. Isto significa que em muitas regiões do mundo é difícil avaliar os modelos climáticos e as relações de feedback entre a humidade e a seca nos solos com a temperatura.

Em 2009, a ESA lançou uma missão de satélite dedicada, o SMOS, que fornece medidas directas e de grande qualidade da quantidade de água no solo à superfície. Uma vez que as aplicações principais do SMOS estão relacionadas com as previsões meteorológicas, a hidrologia e a gestão da água, a missão também fornece dados quase em tempo real para aplicações operacionais.

No entanto, para colmatar a actual falta de dados históricos de hidratação do solo para aplicações climáticas, a agência também tem apoiado a criação de uma base de dados global, a partir de medições feitas no passado por uma série de satélites europeus e americanos. Estas actividades tiveram início no âmbito do projecto Water Cycle Multi-mission Observation Strategy, liderado pelo ITC (Holanda), dentro do programa da ESA de apoio à Ciência, Support To Science Element.

32 anos de dados

Os 32 anos de dados permitem um cálculo robusto da climatologia, que por sua vez pode ser usada para calcular as anomalias. Por exemplo, são evidentes as zonas de seca, tais como o centro dos Estados Unidos, em 25, ou o Brasil e a África Oriental, no verão de 2007, o sul da China no inverno de 2009-10 e em 2010 na Rússia.

Também são evidentes as inundações, tais como aconteceu no Afeganistão em 1992, na África Oriental em 1998-99, em Marrocos, em 2008, e nas cheias de 2010-11, em Queensland, Austrália. Os dados resultam da fusão de duas fontes de informação diferentes. A primeira é baseada em dados de micro-ondas processados pela Universidade Tecnológica de Viena e tem por base as observações na banda C por escaterometria dos satélites europeus ERS-1, ERS-2 e MetOp-A.

O outro conjunto de dados foi produzido pela Universidade de Vrije de Amsterdão, em colaboração com a NASA, baseada em observações passivas de micro-ondas pelas missões Nimbus-6, DMSP, TRMM e Aqua. A junção destes dois tipos de dados teve como objectivo tirar partido dos dois tipos de técnicas de micro-ondas, mas revelou-se difícil em virtude da degradação dos sensores, dos desvios na calibração e das alterações algorítmicas nos sistemas de processamento.

Os desafios também incluíram a garantia de consistência entre os dados de hidratação do solo dos diferentes instrumentos de captação activa e passiva. Já que é a primeira vez que é lançado um produto destes, foi necessária uma cooperação activa das comunidades de detecção remota e modelação do clima, de forma a validar os dados de satélite para que se perceba melhor os resultados dos modelos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Água mas pouca na cratera Shackleton da Lua

Dados da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA publicados na «Nature»
2012-06-21


Perto do pólo sul da Lua existe uma cratera chamada Shackleton, com 21 quilómetros de diâmetro. Este local, era, até agora, considerado pelos cientistas o ideal para albergar grandes quantidades de água gelada, visto que se encontra sempre na sombra e que as suas paredes têm um brilho intenso. A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, já passou por lá e as informações que enviou para Terra ficaram aquém das expectativas: haverá água, mas não tanta como se esperava. O estudo é hoje publicado na «Nature».

A cratera formou-se devido a um impacto ocorrido há mais de 3 milhões de anos e pouco mudou ao longo do tempo. Através da utilização do altímetro da LRO, com cinco feixes de laser, os cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), da Universidade de Brown e do centro espacial Goddard, da NASA analisaram o solo da cratera.
Perceberam que este é mais brilhante do que o das cratera que estão próximas. As paredes da cratera são também brilhantes, o que é consistente com a teoria da presença de água gelada, mas em pequenas quantidades. O investigadores utilizaram também o altímetro para fazer o levantamento topográfico em alta resolução da cratera.
O nome da cratera é uma homenagem a Ernest Henry Shackleton, pioneiro do período áureo da exploração da Antárctida.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Satélites Galileo mais próximos do lançamento após teste de vácuo

2012-06-20
O quarto satélite completou 20 dias de testes de vácuo térmico (Imagem: ESA/EADS Astrium – R. Kieffer)
Os próximos dois satélites de navegação Galileo acabam de suportar o duro vácuo térmico e as temperaturas extremas do espaço antes do seu lançamento, previsto para 28 de Setembro. O quarto completou 20 dias de testes, na fábrica da Thales Alenia Space, em Roma, Itália, no início de Junho. O terceiro satélite fez os mesmos testes no mês anterior. “Estes dois são quase idênticos aos que foram lançados a 21 de Outubro”, explicou Nigel Watts da ESA.

“Para os novos satélites não vamos precisar de fazer testes em larga escala porque os que realizámos em órbita para os dois primeiros mostraram-nos que o projecto está à altura das nossas expectativas", continuou. E acrescentou: "Em vez disso, estamos a fazer testes de aceitação: verificação da obra, desempenho e disponibilidade”.

Nos testes de vácuo térmico, cada satélite é colocado numa câmara de vácuo da qual se bombeia para fora todo o ar. As superfícies externas são então alternadamente aquecidas e arrefecidas enquanto o retransmissor é operado.

Sem ar, em órbita, a temperaturas moderadas, qualquer parte exposta à luz solar pode tornar-se extremamente quente, enquanto as partes na sombra ou de frente para o espaço profundo ficam muito frias. No entanto, os sistemas críticos devem ser mantidos dentro de uma certa gama de temperatura.

“Por exemplo, a superfície exterior do retro-reflector a laser do Galileo chegou a -110 °C durante a fase fria de testes”, disse Guido Barbagallo, engenheiro térmico do programa Galileo. “Ao mesmo tempo, os amplificadores de navegação podem ser chegar a mais de +40 °C na fase quente.”

Como a maioria dos satélites, o Galileo usa uma variedade de métodos para manter a sua gama de temperatura estável, incluindo multicamadas de isolamento, aquecedores, tubos de arrefecimento baseados na evaporação de amónia para deslocar o calor, e radiadores para despejar resíduos de calor para o espaço.

O relógio atómico maser de hidrogénio passivo do Galileo, localizado no coração do seu sistema de navegação, tem uma precisão de um segundo em três milhões de anos. Mas esta extrema precisão requer condições térmicas muito estáveis. A temperatura de funcionamento deste relógio tem de ser regulada no intervalo de um único grau, embora na prática apenas se consiga atingir um décimo dessa exactidão.

“O maser de hidrogénio passivo é montado sobre uma placa de alumínio com três milímetros de espessura para ajudar a manter uma temperatura uniforme, sendo os resíduos de calor irradiados para o espaço a partir da superfície externa do satélite”, adicionou Guido. O relógio atómico e a placa de suporte estão embrulhados numa multicamada de isolamento e ligados ao painel de cima do satélite, que está permanentemente fora do Sol.

Astronomia portuguesa essencial na missão Euclid da ESA

Participação nacional é coordenada pelo CAUP e o CAAUL
2012-06-20
Por Luísa Marinho
 
Entre outras coisas, o Euclid vai fazer o mapa tridimensional do Universo
Entre outras coisas, o Euclid vai fazer o mapa tridimensional do Universo A astronomia feita em Portugal vai estar em destaque na missão espacial Euclid, da Agência Espacial Europeia (ESA). Coordenada pelo Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), esta participação integra o consórcio liderado por Yannick Mellier (Institut d'Astrophysique de Paris), que tem a seu cargo a coordenação científica da missão.
Em conversa com o «Ciência Hoje», o investigador do CAUP António da Silva explicou os objectivos da missão e porque esta é a mais importante participação portuguesa na ESA.
A missão Euclid tem vários objectivos: “quer testar hipóteses acerca da origem do universo e perceber a natureza da energia e a da matéria escura, desvendando, também, como esta evoluiu ao longo do tempo”.
Isto vai permitir “perceber qual será o futuro do universo, verificar, com exactidão, como o universo pode evoluir”. O Euclid terá a igualmente a função de mapear a tipologia do universo, “fazer o seu mapa tridimensional”.
Outro objectivo importante, relacionado com todos os outros, é o teste à teoria da gravidade e da relatividade geral, pois vai tentar “perceber se a energia escura não será uma modificação da própria teoria da relatividade geral. Isto não quer dizer que a ponha em causa, mas poderá acrescentar-lhe alguma coisa”.
António da Silva considera que a participação portuguesa tem um papel “absolutamente essencial” na investigação. “O projecto divide-se no lançamento do foguete e no trabalho do consórcio internacional que vai dar o instrumento que permitirá as observações”, esclarece.
Os nossos dois institutos têm uma função específica: temos a responsabilidade de construir um conjunto de simulações que definirão para onde vai apontar o instrumento durante os seis anos da missão, ou seja, o que vai observar. Temos de encontrar uma forma óptima de fazer a pesquisa. Por isso, o trabalho do CAUP e do CAAUL está no centro da investigação”.
É a primeira vez que Portugal tem uma função tão relevante num consórcio científico de uma missão da ESA”. Este projecto vai permitir que se possam explorar mais aspectos do que os que estão acordados.“Qualquer investigador de outros centros nacionais pode contribuir, não precisa de ser destes centros de investigação, refere.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

'Som' do silêncio pode levar à loucura

Testes foram realizados na câmara anecóica dos Laboratórios Orfield

2012-06-19
A câmara anecóica criada pelos Laboratórios Orfield (Minnesota, EUA) entrou para o livro dos Récordes Guinness por conseguir absorver 99,99 por cento do som. Até agora, nenhum ser humano conseguiu ficar lá dentro mais de 45 minutos sem começar a desenvolver sintomas de falta de equilíbrio e perda de controlo.
'Escutar' tanto silêncio pode mesmo levar à loucura, concluem os investigadores que estudaram o efeitos ao longo do tempo que as pessoas conseguiram ficar dentro da câmara.
A absorção do som deve-se a um sistema 'box in box' (caixa dentro de caixa). As caixas têm paredes duplas de aço e a caixa interna é suportada por um sistema de molas com paredes cobertas com fibra de vidro de forma piramidal.
Este tipo de câmaras é utilizada por vários tipo de empresas, entre elas as de electrodomésticos para que consigam determinar o ruído gerado pelos seus produtos.
As experiências sobre o efeito no ser humano têm sido bastante pertinentes para aferir a capacidade da resistência ao silêncio. A falta de som a este nível provoca tensão no cérebro humano, podendo conduzir à perda de controlo e à loucura.
Isto acontece porque quando não existe nenhum som num espaço, o ouvido humano faz todo o possível para localizar uma fonte de som. Isto leva a que seja o próprio corpo a converter-se no gerador de som.
Os que viveram a experiência de permanecer nesta câmara durante um tempo prolongado começaram a ouvir os sons da sua respiração, o bater do coração e mesmo dos intestinos. Assim, a mente acaba por perder o controlo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quanto mais sol, mais frio!

Cientistas inventam um frigorífico solar
2012-06-11
Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) criaram um frigorífico solar inovador, capaz de produzir frio equivalente a cerca de 3 a 4 quilos de gelo por dia.

A nova invenção chama-se FRISOL e na sua base está a implementação da refrigeração por adsorção, utilizando sílica-gel, um material extremamente eficiente na retenção de moléculas de vapor, não tóxico e de baixo custo. Pode adsorver água até 40 por cento do seu próprio peso quando está fria, voltando a libertar a água ao ser aquecida.


A equipa da UC já construiu um protótipo com equipamento completamente autónomo, necessitando apenas de energia solar para accionar o processo de refrigeração.

Segundo explica José Costa, um dos coordenadores do projecto, o frigorífico solar poderá ser “muito útil em zonas remotas sem rede eléctrica, como por exemplo, em África, para a conservação não só de produtos alimentares, mas essencialmente de medicamentos. A indústria já manifestou interesse por se tratar de uma tecnologia de baixo custo”.

Contudo, o engenho pode ser também usado em alternativa aos frigoríficos comuns, apenas precisa de energia solar para o seu funcionamento.

O FRISOL consegue manter o frio durante dois ou três dias sem sol, graças ao isolamento térmico da caixa frigorífica. O princípio de funcionamento é aparentemente simples: o ‘coração’ do sistema é a sílica-gel, colocada no interior de um colector solar, completando-se o circuito com um condensador, um reservatório de condensados, um evaporador (onde é produzido o frio) e uma caixa frigorífica. O fluido refrigerante é a água, e o sistema funciona sob vácuo, sendo por isso necessário retirar todo o ar do interior do sistema.

Provado o conceito, o projecto vai agora entrar em fase de optimização, testes de robustez, e estudo de novas aplicações práticas.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54482&op=all

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nova espécie de planta homenageia cientista português

Dendroceros paivae ‘ganha’ apelido de Jorge Paiva


Uma nova espécie de planta descoberta no arquipélago de São Tomé e Príncipe recebeu um nome científico que presta homenagem ao professor Jorge Paiva: (Dendroceros) paivae.


Dendroceros paivae é uma espécie que pertence a um género muito pouco conhecido em África: antóceros (plantas semelhantes a musgos).
A descoberta foi feita durante uma expedição científica à ilha de São Tomé no ano de 2008, mas o reconhecimento da espécie como sendo nova para a ciência só foi possível após o estudo dos exemplares recolhidos e a comparação com exemplares de herbários de toda a Europa.
Ler mais: http://www.uc.pt/fctuc/noticias_ficheiros/noticias_ficheiros_documentos/2012_02_13_CienciaHoje_NovaespecieJorgePaiva.pdf

Giovanni Domenico Cassini


Há 387 anos, em 8 de junho de 1625, nascia o astrónomo Giovanni Cassini, que descobriu a divisão nos anéis do planeta Saturno e quatro de suas luas, além das rotações dos planetas Vénus, Marte e Júpiter.
A sonda espacial da missão Cassini-Huygens da NASA e da ESA chegou a Saturno, em julho de 2004, para investigar o sistema de anéis do planeta.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Andrómeda e Via Láctea a caminho da colisão

Daqui a 4 mil milhões de anos as duas galáxias vão começar a fundir-se
2012-06-04
Dentro de 4 mil milhões de anos a Via Láctea vai colidir com a sua galáxia mais próxima – a Andrómeda. O cálculo foi feito por uma equipa de cientistas da NASA com base em observações realizadas com o telescópio Hubble.
Depois de um século de especulações sobre o destino de Andrómeda e a galáxia onde a Terra se encontra, os cientistas conseguem ter uma ideia clara de como se vão desenvolver os acontecimentos nos próximos milhares de milhões de anos, diz, em comunicado o Space Telescope Science Institute, em Baltimore (EUA).
As simulações por computador realizadas com os dados do Hubble mostram que depois do impacto inicial ambas as galáxias demorarão mais dois milhões de anos a fundirem-se por completo até se tornarem uma galáxia única elíptica.
As estrelas dentro de cada galáxia estão tão longe umas das outras que os especialistas não acreditam que possam chocar entre si. Mas é possível que as estrelas sejam lançadas para uma órbita diferente à volta do novo centro galáctico, explica a NASA.
Os cientistas observaram repetidamente uma região específica da galáxia num período entre cinco e sete anos e concluíram que, mesmo que se registem alterações na Via Láctea, o que é provável, a Terra e o Sistema Solar não estão em perigo de ser destruídos.
CiênciaHoje

Uma das maiores colecções de instrumentos científicos...

Legado na área da electricidade apresentado no Museu da UC
2012-06-04
  
Edward M. Clarke foi um negociante de instrumentos científicos, um construtor empreendedor e um entusiasta divulgador de ciência do século XIX e a pessoa que deteve, provavelmente, a maior colecção de instrumentos científicos. Os objectos saídos da oficina deste construtor irlandês contemplam “áreas tão diversas como a Física, a Botânica ou a Medicina”, segundo revela Gilberto Pereira, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC) – local onde serão exibidos pela primeira vez.

Criativo e empreendedor, Edward M. Clarke é pouco conhecido, mas deixou um importante legado na área da electricidade. Os instrumentos deste especialista serão apresentados na UC, depois de amanhã, pelas 17h, no âmbito da iniciativa «Objectos com História». A entrada é livre.

Fundador da London Electrical Society, o seu nome é associado, principalmente, a uma máquina magneto-eléctrica, da sua autoria, que existe no Gabinete de Física do Museu da Ciência da UC.

O ciclo “Objectos com História” apresenta as colecções de física, astronomia, química, história natural e ciências médicas do Museu da Ciência da UC, um acervo museológico científico único a nível nacional e de grande valor internacional que permite compreender o mundo, o espaço e a natureza que nos rodeiam. No dia 13 de Junho, também às 17h, Susana Custódio, do Centro de Geofísica da UC, fala sobre “Os primeiros sismógrafos em Coimbra (e em Portugal)”.
CiênciaHoje

Nasa envia nave para sobrevoar furacões

Projecto HS3 visa melhorar previsão de fortes tempestades
2012-06-04

A Nasa deve estrear em breve, nos próximos meses, um avião não tripulado para observar a formação de furacões. O projecto HS3 visa melhorar a previsão das tempestades que se originam no Atlântico e atingem o Caribe e o sul dos Estados Unidos.
A iniciativa usará os Global Hawk, da Nasa, para ver os furacões de perto, sobrevoando-os. As naves atingem altitudes superiores a 18 mil metros e conseguem ficar até 28h no ar – o que seria impossível no caso de aviões tripulados.
E apesar da intensidade dos furacões ser muito difícil de prever, porque nem sempre se pode fazer a leitura de como as nuvens e os padrões de vento dentro da tempestade interagem com a sua natureza. O HS3 irá tentar melhorar o conhecimento desses processos, com medidas de instrumentos avançados”, segundo Scott Braun, investigador principal do projecto.

O principal período de formação de furacões naquelas regiões é no verão – do hemisfério norte, que vai de Junho a Setembro. Em 2012, a missão terá início em finais de Agosto e vai até o início do Outubro.

Um dos objectos de estudo do projecto será a influência do ar quente e seco do deserto do Sahara na formação das tempestades no Atlântico, segundo salientam estudos anteriores.


 CiênciaHoje