Cientistas e astrónomos amadores de todo o mundo preparam-se para observar o planeta Vénus a atravessar a face do Sol, na próxima semana, entre 5 e 6 de Junho. Um evento muito raro, que não será observado novamente em mais de 100 anos. E, pela primeira vez, uma nave – a Venus Express (VE) – estará à volta do planeta enquanto observa o fenómeno.
A Agência Espacial Europeia (ESA) irá transmitir em directo, a partir da ilha do Árctico, Spitsbergen, onde a equipa de ciência da VE estará a discutir os mais recentes resultados científicos da missão enquanto apreciam a vista única do trânsito de 2012, sob o ‘sol da meia-noite’.
O trânsito de Vénus acontece apenas quando este planeta passa directamente entre o Sol e a Terra. Uma vez que o plano orbital de Vénus não está alinhado exactamente com o da Terra, os trânsitos ocorrem muito raramente, aos pares, com intervalos de oito anos, mas separados por mais de um século. O último trânsito foi em Junho de 2004, mas o próximo não será visto antes de 2117.
Estes acontecimentos têm um grande interesse histórico, porque foram uma oportunidade para os astrónomos medirem o tamanho do Sistema Solar. Os trânsitos do século XVIII permitiram calcular a distância ao Sol, ao medir o tempo que Vénus demorava a atravessar o disco solar, de vários pontos do globo e usando depois trigonometria simples.
Também durante o trânsito de 1761, os investigadores aperceberam-se de uma coroa de luz à volta do limite escuros do planeta, revelando que tem uma atmosfera. Graças às naves, incluindo a Venus Express, sabemos agora que alberga uma atmosfera densa e inóspita, rica em dióxido de carbono e nitrogénio, com nuvens de ácido sulfúrico.
Hoje, os trânsitos são uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de métodos para a detecção e caracterização dos planetas em órbita de outras estrelas, ou seja, os exo-planetas. Enquanto passam em frente a uma estrela, bloqueiam temporariamente uma pequena porção da luz, revelando a sua presença e fornecendo informação acerca do seu tamanho. O telescópio espacial CoRot usou esta técnica para descobrir mais de 20 exo-planetas, por exemplo.
Os trânsitos também estão a ser usados para a procura de exo-planetas que possam albergar vida. Se o planeta tiver atmosfera, uma pequena fracção da luz da estrela irá passar através desta atmosfera, revelando as suas propriedades, tais como a presença de água ou de metano.
Estes acontecimentos têm um grande interesse histórico, porque foram uma oportunidade para os astrónomos medirem o tamanho do Sistema Solar. Os trânsitos do século XVIII permitiram calcular a distância ao Sol, ao medir o tempo que Vénus demorava a atravessar o disco solar, de vários pontos do globo e usando depois trigonometria simples.
Também durante o trânsito de 1761, os investigadores aperceberam-se de uma coroa de luz à volta do limite escuros do planeta, revelando que tem uma atmosfera. Graças às naves, incluindo a Venus Express, sabemos agora que alberga uma atmosfera densa e inóspita, rica em dióxido de carbono e nitrogénio, com nuvens de ácido sulfúrico.
Hoje, os trânsitos são uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de métodos para a detecção e caracterização dos planetas em órbita de outras estrelas, ou seja, os exo-planetas. Enquanto passam em frente a uma estrela, bloqueiam temporariamente uma pequena porção da luz, revelando a sua presença e fornecendo informação acerca do seu tamanho. O telescópio espacial CoRot usou esta técnica para descobrir mais de 20 exo-planetas, por exemplo.
Os trânsitos também estão a ser usados para a procura de exo-planetas que possam albergar vida. Se o planeta tiver atmosfera, uma pequena fracção da luz da estrela irá passar através desta atmosfera, revelando as suas propriedades, tais como a presença de água ou de metano.
CiênciaHoje 29.05.2012
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